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Uma ótima alegoria sobre o amor.
O filme mostra um robô sozinho e melancólico, numa espécie de tristeza que me remeteu aos personagens da Miranda July.
Incomoda pela bizarrice do diferente (que, ainda assim, é tão humano), incomoda pela presença da tristeza, que todo mundo insiste em não sentir no mundo de hoje, incomoda pela sensação de inadequação que o robô sente e que nos remete a inadequação que todos nós sentimos vez ou outra – por mais integrados que sejamos.
Mas logo ele encontra o amor e essa identificação com o robô passa a ser prazerosa, pois reconhecemos algo familiar nele.
E nos dá um certo alívio, pois tal sentimento surge como uma salvação em meio ao nada que parece ser a vida dele.
O robô conhece a mulher robô, se apaixona por ela, sente a necessidade da presença dela.
Então eles vão a um show e em meio a multidão ela perde um braço.
Ele tira o braço dele e dá para ela. Fica sem braço, mas a vê feliz.
Em outra ocasião, ela chega correndo, tropeça no corredor e perde parte da perna.
Ele traz ela para dentro de casa e diz: eu vou te dar minha perna.
E ela diz que não, que não precisa, que ela não está pedindo isso.
Mas ele insiste. E então ela diz: Mas eu não tenho opção?
E ele diz: não.
Achei isso tão emblemático.
É a inexorabilidade do amor.
Não, ela não tem opção, ninguém tem, quando se é amado simplesmente se é.
E amar é justamente dar tudo sem controle de nenhuma das partes.
E ele então dá a perna. E fica sem o braço e agora sem parte da perna – e feliz.
Um dia a mulher robô some e ele descobre que ela está quase morrendo no hospital.
Vai até lá e a encontra sem várias partes do corpo, praticamente morta.
Ele se oferece para doar outras partes do seu corpo, não queria deixar seu amor morrer.
Então os médicos fazem a “cirurgia”, colocam nela tudo o que foi retirado dele e ela fica viva e inteira de novo.
A última cena do filme é a mulher robô saindo do hospital com a cabeça do robô – última parte dele que sobrou – viva e sorrindo no colo.
Não é uma ótima metáfora para o amor?
Amar é: dar tudo, muitas vezes acabar só com a cabeça e ainda assim sorrir.
Um comentário:
Oi Carla querida, super legal o video, mas não estava conseguindo ver no seu blog, tive que buscar no you tube, obrigada pela dica!
Saudades, beijos...
Ps- Ah mudei de blog viu haha www.designndo.blogspot.com
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