10 abril 2010

PREFEITO VOCÊ VAI FAZER O QUE?...

Corações de pedra e gelo.

Incrivelmente monótonos,
nada quebra a indiferença.

Construções majestosas e rochedos se desmoronando
distantes à meia luz.

Uma onda enorme e crescente domina o céu,
As águas de março, lavam abril.

Os pequenos miséraveis,
Confiam em seus votos.

Onde está o planeta com superfície definida?
Poderosos displicentes e fracos em sabedoria.

Resta-me uma grande frustração diante da inteligência

Que fazer com o progresso?

Corteses são os olhos da pláteia global,
cravam a bandeira nos túmulos e calam inocentes

Um close-up nos governantes
que lamentam e fecham os olhos.

Quando voltar para casa?
Sem lar, sei lá onde será.

Olhares perdidos, palavras sem efeito.

Sorrisos tolerantes de feições duras,
limpam um mundo vasto e assustador.

Soldados com as mãos defendem a dignidade.
procuram vidas, feridas.

Verdadeiros heróis!

O tempo pesa com a terra molhada

Hipócritas propõem brinde à democracia,
ignoram o roubo e a canalhice.

Bolas!
Jogar bola paga milhões!

Enquanto o cidadão usa botas de borracha para catar migalhas

OS SENHORES DO PODER, brincam com milhões.
Um mundo gigante de beleza frágil,
está sendo devorado por governantes piratas.

Florestas só em conto de fadas!
Crianças, os lobos estão soltos!

Há ratos nos esgotos
drenando vidas.

Luzes de emergência acendem, alarmes tocam,
uma desaceleração no coração da amazônia

Sem liberdade a terra para a natureza,
briga e grita!

Nossas normas foram violadas!

Pessoas ofegantes, se afogam em lama

As máscaras caem e o carnaval começa...

Cadê o dia seguinte?

A terra está sofrendo.

Meu coração sangra e chora,
diante de tanta dor.

Será possível ladrilhar os rios?
Sugere um político qualquer.

Dizem que é culpa do diabo, que veste colarinho branco
Banalizaram a vida humana, para chegar no espaço.

A lei agora é essa: quem tem dinheiro
tem dignidade

Malditos dedos humanos!
Escória humana toma banho de champagne e MATA CRIANÇAS.

Vá se ferrar!
Você que faz de conta que faz alguma coisa!

A expressão "Vai se ferrar" resigna "vai se auto-ajustar" no sentido de que seria tão difícil como se é com o ferro, por isso o "ferrar".

Dando a idéia de que a pessoa vai ter tanto trabalho de se auto-ajustar quanto teria com ferro.

Minha fé diz:

Um dia vocês vão responder em um tribunal soberano.
Mas antes serão soterrados pela ganância.

APLAUSOS!!!!
AOS GOVERNANTES DA NOSSA AMADA PÁTRIA ESTUPRADA

CARLA FABIANE





4 comentários:

Tatinha disse...

Lamentável...

Rosan disse...

olá,
os governntes na sua maioria só querem saber do poder, e de encher seus bolsos, no mais não estão nem aí, se nenhum dos seus se perdeu é o suficiente...
e o planeta segue reagindo ao que lhe fizeram.

beijo

Liliana Lucki disse...

La tierra sufre !!!Grita !!

Solo algunos oyen.Lo peor es el sordo que no quiere

oír. Son muchos.....

Te saluda desde Argentina,Liliana.

MARCELO GLEISER disse...

Se estamos sós, somos raros e, por isso, preciosos num Universo tão vasto...Será ???

Criticar os seres humanos é fácil até demais. Estamos destruindo o mundo; matamo-nos uns aos outros; somos incapazes de respeitar opiniões diferentes; somos egoístas, uma espécie invasiva e parasitária. Em meio a tanta negatividade, talvez seja oportuno expressar um ponto de vista alternativo, mais inspirador. A celebração mundial do Dia da Terra semana passada oferece uma oportunidade para refletirmos sobre nosso planeta não só dentro das questões de aquecimento global e da explosão populacional versus sustentabilidade e energias alternativas mas, também, através do que podemos chamar de uma perspectiva cósmica.

A ciência nos ensina que, quanto mais aprendemos sobre o mundo, menos importantes somos. Às vezes, essa noção ganha o nome de princípio copernicano: desde que Copérnico “removeu” a Terra do centro do cosmo, quanto mais a ciência avança, mais vemos que nossa localização espacial é irrelevante e que não somos nada essenciais. O Universo é indiferente à nossa existência. Dado que as mesmas leis da física e da química são aplicáveis em todo o cosmo, sabemos que existem outros sóis na imensidão do espaço, cercados também de planetas. Nosso Sistema Solar é um dentre trilhões de outros, nada importante.

Quando incluímos a cosmologia moderna, a coisa fica ainda mais feia. Nossa galáxia é uma dentre centenas de bilhões de outras, cada uma delas com centenas de bilhões de estrelas. Em 1929, o astrônomo americano Edwin Hubble mostrou que o Universo está em expansão, e que nenhum ponto do espaço é mais importante do que outro. Na década de 1990, uma ideia radical foi proposta: nosso Universo é um entre uma infinidade de outros, borbulhando de uma entidade atemporal chamada “Multiverso”. Não sabemos se o Multiverso é real -talvez seja impossível determinar isso-, mas muitas correntes da cosmologia moderna adotam a ideia. Será que somos assim tão desprezíveis?

Felizmente, quanto mais aprendemos sobre o Universo, mais aprendemos algo que contradiz o princípio copernicano. É bem verdade que não ocupamos o centro de todas as coisas, e que nossa galáxia é uma dentre centenas de bilhões de outras. Porém, quando olhamos para nossos vizinhos cósmicos, os planetas e luas do Sistema Solar, vemos mundos hostis, mortos. A Terra, sozinha, emerge como um oásis, rara e preciosa.

Acoplando a raridade da Terra à história da vida aqui nos últimos 3,5 bilhões de anos, chegamos a uma revelação transformadora: mesmo se, um dia, encontrarmos vida em algum outro lugar, a probabilidade é muito elevada de que esta vida seja simples, constituída de seres unicelulares. (Deixo de lado especulações sobre formas de vida com bioquímicas diversas da nossa.) As transições da vida unicelular para a multicelular e, daí, para seres complexos e inteligentes são extremamente improváveis, resultados de uma série de acidentes. No entanto, o fato de que a vida não é resultado de um plano pré-determinado -cósmico ou sobrenatural- não significa que não tenha sentido.

Mesmo se a vida complexa existir no cosmo -e não podemos afirmar que não exista-, está tão distante daqui que, na prática, estamos sós. E, se estamos sós e temos a habilidade de pensar, somos raros e preciosos: somos como o Universo reflete sobre si mesmo. Portanto, conforme sugeri no meu livro “Criação Imperfeita“, temos de adotar uma nova ética que nos eleve acima da moralidade tribal que vem dominando a história da civilização por milênios. Precisamos preservar a vida a todo custo, transformando-nos nos guardiões deste mundo.

Não temos outra opção.

MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA) e autor do livro “Criação Imperfeita“