03 abril 2009

Dr ou Mr?

A lucidez nem sempre aparece em todos os meus textos, mas acredito que minha forma de pensar se concentra no positivismo.


Embora haja, vez por outra, algum surto histérico.

Engraçado...
Eu pensei nas imagens que criamos das pessoas...

Quem não acredita em músicas, livros, nem mesmo na essência, nada compreende.


Mas é preciso compreender a estória p
ara chegarmos à história.

Porque não conseguimos ver a essência?


A essência não interessa.

A essência ofusca.

E se ofusca, é preciso apagar as luzes do baile da vida.

O palco, construído para o amor, se desfez como
os sonhos, na cruz...

E quanto a crime e castigo?

Crime e castigo se tornaram férteis.


Por quê?


Quem não erra e quem não errou?


E como é fácil.


E impossível
.


Dr. Jekyll e Mr. Hide – ( Médico e Monstro ) é a história de um médico que de tanto ver a violência, tentou criar um remédio, ou cura, não me lembro bem, para combater o lado mal das pessoas.
Testando seu remédio, acabou transformando-se no que ele mais detestava. Tornou-se monstro (Mr. Hide).
Um pobre jovem que sem querer comete um delito é perseguido por sua culpa...

No palco da vida somos Dr ou Mr?

Qual deles existe em primeiro lugar?

Qual a construção que fazemos do outro, para que um ou outro nasça?


É a dualidade do ser dentro de sua existência?

Ah! Esta é a grande chave de todo o mistério.

Os sofistas foram uns gênios.

E como eu gostaria de ser sofista.


Meu erro é ser autêntica demais.

Dizer o que penso.


Mostrar sentimentos.


Gosto de aflorar o imagin
ário das pessoas.

E qual imaginário é este?



Por que a existência do monstro é maior que a existência do médico?
E tudo isto se tornou um erro.
tentando mostrar ao mundo que é bom ser
bom ...

Por que as pessoas têm a tendência de cultivarem a
idéia do médico e do monstro?

Por que os bons atos estão, sempre, em segundo plano?


Por que os pequenos erros são os grandes males
da sociedade?

Por quê?



Quanta crueldade, neste mundo já tão cansad
o de maldades, de bombas, de guerras...

Quem tem a razão?

Neste devaneio de linhas perdidas?


Quem tem o poder sobre o mundo?


Mas quem prevalece no teatro da vida?


A vida é arte e as letras das músicas, o sonido dos passarinhos, enfim, tudo pode nos conduzir à essência.

Minha essência é boa.

Não tenho dúvida.


E a sua?


O mundo é feito de opostos: o Gordo e o Magro, q
ual o mais engraçado?

O Crime e o Castigo... Vigiar e Punir... Existir e não existir...

Quem não viveu no palco da vida, ainda tem tempo de entrar no teatro, porque a bilheteria não fecha.


Mas quem não tem coragem de ser expectador, sequer poderia estar dentre os mortais, puros seres imperfeitos, em busca da felicidade.

E a felicidade está tão perto, porque “o essenc
ial é invisível aos olhos”.



...Do sentimento brota o conhecimento do desconhecido...


Não existe pureza maior que a do palhaço, mas a sua contradição é ter uma lágrima escorrendo na maquiagem...



Que dualidade.

Se faz rir, por que choras, palhaço?


Que o palhaço seja aplaudido.


Quem é tão perfeito ao ponto de atingir a essência do outro e punir-lhe a alma. Mas, feliz do poeta, porque “tudo vale à pena quando a alma não é pequena”.




...VOLÚPIA...

Um comentário:

O Aeronista disse...

Minha opinião é que o palhaço chora por já saber que seu destino é tentar fazer rir mesmo aqueles que só o fazem por fora.
Por que a verdadeira felicidade, ele nem sempre tem o poder de trazer.
Mas ainda assim ele brinca, pula, dá cambalhota, faz tudo que ele pode esperando que um ou outro espectador seja tocado pelo seu coração e ria de dentro para fora, e que realmente seja feliz.