4 mg de insanidade
abstraio faminta o indecifráfel que devora
abstraio faminta o indecifráfel que me devora
e deitada sobre o limo da pedra, sob a insistência infinda de subverter as certezas do apego dos desgarrados, me chovo agora.
meu altar é carne de belezas sagradas. vermelhas e pálidas.
indecentes gemer de poros em atrito. solidão do beijo ao grito.
de olhos fechados, me embrenho em meu caleidoscópio labirinto de luz extasiada.
me expio por dentro e sorrio das minhas cicatrizes de incêndio apagadas
hoje, eu amanheci a madrugada, e quanto a isso, não há de se fazer nada.
em solo muda. nua. despida do inatingível do mundo.
e quando cairem ao meu redor, deuses de metal, lábios ou barro,
repousarei serena o sonho dos desertados.
pois talvez, sim, amarão os fragmentos de meus estilhaços.
caguei pros meus pecados!
(sheº
Quem sou eu
uma poeta performática, entusiasta do acaso, de idéias mirabolantes, parcerias intuitivas e afetos transcedentais...
3 comentários:
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Este blog é lindo, por isso
eu o estou seguindo.
silvioafonso
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Muito bem escrito. Intensamente desenhadas palavras.
Olha, 4 mg de insanidade é pouco... às vezes precisamos de mais alucinações...
Abraços
pelos meus pecados também...
mudei de blog porque perdi senhas rsrs
o atual é artecarlacunha.blogspot.com
voltei a pintar... a produzir.
bjos
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